Yglésio sugere criação de ouvidorias em escolas públicas e privadas no Maranhão
Foi protocolada, na terça-feira (2), na Assembleia Legislativa, uma proposição do deputado estadual Dr. Yglésio (PROS) sugerindo ao Governo do Maranhão, à Prefeitura de São Luís e a órgãos ligados à educação, a criação de ouvidorias dentro das escolas públicas ou privadas.
Face às manifestações contra a violência, racismo e até mesmo contra a LGBTIfobia, a criação desse tipo de órgão no contexto escolar pode ajudar os estudantes a denunciarem crimes ocorridos dentro e fora do âmbito escolar, segundo o deputado.
“Com uma ouvidoria, os alunos terão um canal para expor crimes dentro e fora da escola. Incentivá-los a falar sobre os abusos que sofrem pode contribuir para diminuir a incidência dentro da sociedade, pois se cria a cultura da denúncia e isso deve ser observado com seriedade pelo poder público”, explicou o deputado.
Os estudantes, assim como todos os outros atores que compõem a malha social, estão suscetíveis a crimes. “Por isso, dar voz e apoio a eles nesses casos é de suma importância. Estamos falando de jovens cidadãos em formação e o papel do poder público é manter uma sociedade onde eles cresçam o mais longe possível dos problemas sociais e, principalmente, dos crimes que acontecem todos os dias”, complementou o parlamentar.
Esses crimes que ocorrem e são presenciados pelos estudantes podem ser elucidados com as informações provenientes das ouvidorias nas escolas. “A criação de órgãos desse tipo pode ajudar até mesmo nas investigações da polícia, conselho tutelar e demais órgãos de proteção aos direitos das crianças e adolescentes, visto que promove um espaço de acolhimento, onde os jovens poderão se sentir mais à vontade para fazer o que é mais importante: falar”, frisou Yglésio.
A ideia para a medida surgiu a partir de um exemplo ocorrido na cidade de Teresina (PI), em que alunos criaram um perfil “ExposedThe” para utilizá-lo como um canal por onde eram feitas e divulgadas denúncias de casos suportados por eles dentro da escola. Alguns casos denunciados ocorreram há anos, mas os alunos não tinham a quem recorrer.