A vaga de vice-governador será decisiva nas eleições de 2022
Carlos Brandão (PSDB) deverá ser escolhido para liderar a corrida à chefia do Executivo Estadual, mesmo havendo ainda uma disputa com o senador Weverton Rocha (PDT) em relação ao apoio de Flávio Dino (PCdoB). O foco de união e divisão passa agora por outra importante vaga: a candidatura a vice-governador do Estado.
Seguindo a cultural linha de sucessão, Brandão vai disputar na condição de reeleição, já que deve sentar na cadeira de Dino quando este fizer sua desincompatibilização, prevista para abril de 2022, para nova candidatura. Essa situação alimenta sonhos e projetos de grupos políticos da base dinista pela eleição de 2026, quando Brandão deve disputar outra vaga (no senado? Talvez), já que não poderá mais vir para o executivo maranhense.
Em relação à vaga de vice-governador, caso confirmado Brandão com apoio de Flavio Dino, dois nomes: Erlânio Xavier e Márcio Honaiser, ambos pedetistas e da base do governo, podem ser a solução caso o governo queira o consenso de uma base unida para conduzir a sucessão de 2026.
Com uma possível e nem tão distante reeleição, Brandão teria aí cerca de três anos e meio para usar a máquina em favor de si e de seu grupo, fortalecendo a sua imagem em relação ao eleitorado, pensando e articulando sua eleição para outro cargo em 2026, como dito acima. Um caminho fácil e tranquilo para Weverton que vai está deixando o senado e com alguém de confiança para coordenar sua mais importante campanha eleitoral.
É importante destacar aqui que o cenário, inclusive, só está favorável por conta da fraca oposição que o governo tem e com o apoio das três grandes forças políticas. Além disso, não se pode descartar desse cenário o deputado Josimar Maranhãozinho (PL) que, no meio dessa discussão toda, deixou claro o seu interesse em não ficar de fora das negociações.
Para ajudar a liderar todo esse movimento, se faz necessário um nome de confiança na segunda vaga da chapa e essa vaga deve e vai custar um preço de ouro.