Em resposta a Márcio Jerry, Yglésio diz que Flávio Dino não soube preparar um novo ciclo
Em contundente artigo-resposta ao deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), o deputado estadual Dr. Yglésio Moyses (PRTB) fez um apanhado histórico do governo Flávio Dino e chegou à conclusão que essa era “perdeu o vínculo com a população e transformou a máquina pública em palanque permanente de manutenção de cargos, não de ideias”.
“Flávio Dino foi, sem dúvida, um personagem de ruptura em 2014. Mas o tempo passou. A liderança que soube chegar não soube sair, e muito menos preparar um novo ciclo. O que vemos hoje não é um grupo que anda pra frente. É um espólio órfão de rumos, onde a velha guarda tenta empurrar com os ombros um projeto sem pernas” afirmou Yglésio, em artigo intitulado “Pra frente é que se deve andar? – ou a marcha lenta do espólio de Flávio Dino”.
- para Yglésio, Márcio Jerry e aliados, erram ao não reconhecer os limites do ciclo dinista;
- reconhecendo os avanços deste tempo, Yglésio diz que é preciso se desamarrar do passado.
O artigo de Márcio Jerry confrontado por Yglésio foi publicado neste blog Marco Aurélio d’Eça em post com o título “O passado derrotado pelo povo não pode ressuscitar…”. Nele, Jerry faz uma espécie de alerta aos brandonistas – e aos próprios dinistas – sobre os riscos da ruptura com o lego do governo Flávio Dino. Sobre isso, Yglésio é duro:
“Jerry lista iniciativas relevantes do período em que Dino foi governador. Algumas dessas ações, de fato, lançaram fundamentos importantes, como a expansão da rede educacional e a interiorização de serviços de saúde. Mas não se pode confundir estrutura com vitalidade. Muito do que foi implantado precisa ser continuamente renovado, e isso só ocorre quando há liderança conectada com o presente – e não presa ao passado”, diz o deputado estadual.
- Yglésio lembra em seu texto que o discurso dos dinistas segue o mesmo, mas o Maranhão mudou;
- o erro deles, destaca o parlamentar, foi ter se desconectado da base social e não cultivar lideranças.
Dr. Yglésio conclui apontando que, sob o comando de Carlos Brnadão, o Maranhão avançou em indicadores como emprego, alfabetização e gestão fiscal, mas esses progresso, afirma, nãos e devem à herança estática de 2014. A conclusão do parlamentar, é ainda mais contundente;
“Sim, o Maranhão precisa seguir em frente. Mas talvez isso só seja possível depois que o espólio de Flávio Dino aceitar que já não é mais motor de nada ; é apenas bagagem pesada”.
Leia abaixo a íntegra do artigo de Dr. Yglésio:
“Pra frente é que se deve andar?” – ou a marcha lenta do espólio de Flávio Dino
O deputado federal Márcio Jerry, fiel escudeiro de Flávio Dino, publicou recentemente um artigo exaltando o legado do hoje ministro do STF como se ainda estivéssemos em 2014. O texto, impregnado de saudosismo, tenta manter viva uma narrativa que já não dialoga com a realidade política, administrativa e social do Maranhão de 2025. A pergunta que não quer calar: quem é que realmente anda pra frente?
Em vez de reconhecer os limites do ciclo dinista, Jerry tenta resgatar sua mística revolucionária como se estivéssemos às vésperas de uma nova primavera. Ignora, porém, o óbvio: o grupo político liderado por Dino estagnou, perdeu o vínculo com a população e transformou a máquina pública em palanque permanente de manutenção de cargos – e não de ideias.
Flávio Dino foi, sem dúvida, um personagem de ruptura em 2014. Mas o tempo passou. A liderança que soube chegar não soube sair, e muito menos preparar um novo ciclo. O que vemos hoje não é um grupo que anda pra frente. É um espólio órfão de rumos, onde a velha guarda tenta empurrar com os ombros um projeto sem pernas.
Jerry lista iniciativas relevantes do período em que Dino foi governador. Algumas dessas ações, de fato, lançaram fundamentos importantes, como a expansão da rede educacional e a interiorização de serviços de saúde. Mas não se pode confundir estrutura com vitalidade. Muito do que foi implantado precisa ser continuamente renovado, e isso só ocorre quando há liderança conectada com o presente – e não presa ao passado.
Nos últimos anos, o Maranhão avançou em indicadores como emprego, alfabetização e gestão fiscal, especialmente sob o comando do atual governador. Esses progressos, contudo, não se devem à herança estática de 2014, mas à capacidade de adaptar a máquina pública aos desafios atuais – coisa que o espólio político de Dino parece incapaz de fazer.
Pra frente é que se anda, diz Jerry. Mas o que temos visto é justamente o contrário: o grupo que se dizia sinônimo de mudança hoje se comporta como guardião de um legado cada vez mais distante da realidade. O discurso é o mesmo; o Maranhão, não.
Enquanto Jerry e sua turma vivem do passado, o povo clama por um novo futuro. E esse futuro não será construído pelos mesmos que, ao longo dos últimos anos, perderam a capacidade de escutar a base social, cultivar lideranças novas ou renovar o projeto político com autenticidade.
Sim, o Maranhão precisa seguir em frente. Mas talvez isso só seja possível depois que o espólio de Flávio Dino aceitar que já não é mais motor de nada – é apenas bagagem pesada.