• Thiago Azevedo
  • 27 de setembro de 2020

A despedida política de Zé Martinho “Kabão” em Cantanhede

O dia 27 de setembro, marca no calendário, o início da campanha eleitoral de 2020 e o fim do ciclo de um dos políticos mais impopulares do Maranhão. Ele entrou para vida pública em 1992, e de lá para cá, coleciona uma carreira de atos de autorismo, vingança e corrupção, tudo ao melhor estilo de um coronel de cordel da política nordestina. Durante seus 30 anos de atividade política, com um mandato de vereador, dois de vice-prefeito e dois de prefeito, Bimbarra como era conhecido na infância pobre e hoje, rico empresário de casas noturnas, Zé Martinho ou simplesmente Kabão tenta passar sua herança contaminada com a bateria da truculência e da perseguição, o principal motor que o move para continuar em cena. Ao estilo e semelhança carrara do personagem Saruê, não aceita opiniões contrárias e conta com a facilidade ditatorial de que quase sempre, as pessoas que o cercam não o contestam por falta de conhecimento ou dependência financeira. Ele deixou a sua última gestão com 89% de reprovação e uma herança recheada com dotes de dívidas de mais de 50 milhões, inúmeros convênios desviados, entre eles o convênio do INCRA de quase 2 milhões de reais usado para pagar dívida de campanha de um ex-adversário em troca do seu apoio neste pleito, o que lhe rendeu recentemente a abertura de um processo criminal pela justiça federal. Na última sexta-feira, KABÃO tentou aplicar um migué na justiça, quando pediu uma liminar para sair da lista de inelegível do TCU e deu com os burros na àgua. Devido ter antecipado o processo eleitoral e já ter gasto mais de um milhão e meio reais para continuar no páreo, KABÃO faz muita zoada na cidade para tentar emplacar o filho Gersiano Barros como substituto e assim, iniciar a dinastia Barros, pois as outras opções para passar o bastão não conseguem coesão. O empresário Ronildo Ageme ficou preso no PV, o presidente da Câmara, Jorismar Santos tem uma enorme rejeição doméstica, ou seja, dentro da classe política que acompanha Zé Martinho e o empresário Ronaldo da Lotérica não tem apoio popular. Neste domingo, o senhor José Martinho dos Santos Barros deixa o cenário político local e passa a cumprir inicialmente 8 anos de suspensão eleitoral com base na Lei da ficha limpa e quando tentar falar em eleição novamente, em 2028, já estará com quase 70 anos de idade e a lembrança mofada das atitudes de mais um coronel esquecido pela poeira do tempo.

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