Campanha de combate à violência menstrual chega a mais de 1.500 doações em Paço do Lumiar
Violência menstrual é a expressão que define a situação de privação ou difícil acesso a itens básicos de higiene como coletores ou absorventes durante o período menstrual, realidade enfrentada por muitas mulheres adultas e adolescentes que se encontram em situação de pobreza ou encarceradas. A campanha foi abraçada pela prefeitura de Paço do Lumiar, por meio da Coordenação Sócio Inclusiva e Divisão de Igualdade Étnico-racial e de Crenças e Coordenação de Mulheres da Secretaria Municipal de Direitos Humanos-SEMDHU, em parceria com o núcleo maranhense do Movimento de Mulheres de Axé do Brasil- MAB.
Foram mobilizados servidores de todo o município com o objetivo de arrecadar produtos que serão distribuídos em comunidades tradicionais de matriz africana, e também para mulheres em situação de cárcere e vulnerabilidade social no município. As ações de distribuição já atenderam 15 localidades como Mocajutuba, Iguaíba, Bacuritiua, Pedrinhas e outras regiões, e também acontecerão na quadra poliesportiva da Vila São José II, dia 27 de novembro, em alusão ao Dia da Consciência Negra, além de atender outros grupos após o evento.
Nessa sexta-feira(19), aconteceu a cerimônia oficial de encerramento da campanha 2021 no Centro Administrativo de Paço do Lumiar com aproximadamente 890 produtos arrecadados durante o evento, totalizando mais de 1.500 absorventes e coletores adquiridos desde o mês de setembro. Mesmo após o encerramento oficial, os interessados podem fazer doações no Centro Administrativo Municipal de Paço do Lumiar, na Secretaria Municipal de Direitos Humanos-SEMDHU.
De acordo com a prefeita de Paço do Lumiar, Paula Azevedo(PCdoB) a ação sensibiliza para uma realidade que apesar de presente, é pouco conhecida para muitas pessoas: “A violência menstrual é um problema muitas vezes ignorado por alguns, mas muito presente no cotidiano de algumas mulheres, que sentem vergonha,às vezes são adolescentes que deixam de ir à escola só por não terem um absorvente, mas nós estamos fazendo o possível e mobilizando nossos servidores para mudar essa realidade”, falou a prefeita.
De acordo com a Secretária Adjunta de Direitos Humanos do Município, Albeniza Costa, a ação é resultado de um esforço coletivo: “Este resultado positivo é fruto do empenho da coletividade. Nós chamamos nossos servidores para participar e tivemos grande adesão”, disse ela.
A Coordenadora de Políticas Sócio Inclusivas e Divisão de Igualdade Étnico-Racial e de Crenças da SEMDHU, Ethinalia Soares explicou a ação: “Quero reconhecer o apoio da MAB que desde o começo está conosco, nós então escolhemos os grupos a serem atendidos com base na necessidade real de muitas mulheres adultas e adolescentes de terreiros, encarceradas e outras que sofrem com a carência de um direito básico, que é o absorvente, por isso mobilizamos esta ação e faremos mais”, explicou.