• Thiago Azevedo
  • 24 de outubro de 2022

Artigo Carlos Brandão: Votar é mais que um direito


Por Carlos Brandão

Daqui a uma semana o brasileiro vai escolher que caminho seguir nos próximos quatro anos. Uma escolha importante e que é de cada um. Não dá para transferir responsabilidade em um momento tão grandioso. Por ser dia de eleição, não publicaremos nosso artigo semanal. Então, neste de hoje, quero alertar sobre a importância de se evitar altos números de abstenção nesse segundo turno. Ainda no primeiro, o Maranhão ficou em 7º lugar entre os que apresentaram o maior número de eleitores ausentes.

Nosso índice ficou na casa dos 22%, o que significou que mais de 1 milhão 119 mil eleitores não deixaram a sua opinião nas urnas. E é basicamente sobre isso de que se trata. Se o sistema eleitoral brasileiro nos dá a possibilidade de termos o voto com igualdade de peso para todos, temos todos a mesma força na hora da escolha. Com esse poder, não é razoável deixar que outros escolham por nós.

Claro que, embora se considere que o voto seja obrigatório no país, cada um tem o direito de decidir sobre ir ou não às urnas. Mas, nesse momento, me vem à cabeça uma frase que li certa vez, e que serve como ilustração: “Quem não se levanta para acender a luz, não pode reclamar do escuro”. Em uma eleição tão polarizada como a atual, é fundamental que o eleitor tenha a consciência do poder de seu voto, uma fundamental ferramenta na preservação da democracia no Brasil.

No primeiro turno, o país registrou o maior índice de abstenção desde as eleições de 2018. Foram mais de 32 milhões de brasileiros ausentes. Isso não é bom. É importante que tenhamos o máximo de pessoas possível participando do processo, decidindo. Na minha modesta opinião, quanto maior a participação popular, maior a legitimidade de um governo eleito. No sentido de apoio e crença de um povo.

O próprio Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu a importância de não avançarmos com esses números e liberou prefeituras e empresas concessionárias para oferecerem, voluntariamente, o serviço de transporte público de forma gratuita, com foco no dia 30 de outubro. A ideia é facilitar o deslocamento dos eleitores. Devemos lembrar àqueles que não votaram no primeiro turno que podem votar no segundo tranquilamente, mesmo que não tenha justificado a ausência do dia 2 de outubro. Há ainda a possibilidade do voto em trânsito para quem se cadastrou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o dia 18 de agosto.

Participar do processo eleitoral, de forma efetiva, fortalece a nossa democracia. Então, no próximo domingo, dia 30, vamos comparecer às urnas e mostrar o que queremos para o Brasil. Cada um exercendo o seu sagrado direito de escolha. Cada um deixando a sua própria opinião, mostrando que todos estamos prontos para decidir.

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