Caso de Polícia: Namorada do empresário morto dentro de Clínica Veterinária presta depoimento
A namorada do empresário Eduardo Viegas, prestou depoimento à polícia na segunda-feira (14), após receber alta médica. Evelyn Mendes é considerada a principal testemunha do crime ocorrido no Bairro do Monte Castelo, em São Luís, na quarta-feira (10). Na sede da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) Ela foi ouvida e contou detalhes do crime cometido pelo médico veterinário Daniel Leite.
De acordo com a testemunha, houve um desentendimento entre a vítima e o autor, na qual Eduardo Viegas estava desconfiado dos valores cobrados por serviços que não foram realizados pela clínica. Então, Ele exigiu a nota fiscal que foi negada pelo médico veterinário, a discussão verbal entre ambos ficou mais intensa momento em que a vítima pegou o celular e começou a gravar dentro do estabelecimento. Segundo Evelyn, Daniel Leite partiu para agredir o empresário iniciando uma confusão. Informou à polícia que no momento em que o médico veterinário efetuou os primeiros disparos, Ela estava de costas, após o terceiro tiro a vítima caiu no chão e Ele [Daniel Leite] continuou atirando.
A namorada do empresário informou que Daniel Leite, após cometer o crime saiu do estabelecimento tranquilamente e não demonstrou nenhum arrependimento. ”Eu perguntei: porque você fez isso? E ele saiu andando numa frieza. Daniel matou meu namorado, e Ele não saiu correndo, não se desesperou , ele saiu andando”, disse Evelyn em um entrevista.
De acordo com o Delegado Lúcio Reis Superintendente da SHPP ”todo o depoimento foi colhido e tem sido enriquecedor para que se possa fazer a avaliação do que realmente aconteceu e para que a gente possa fazer as comparações em um segundo momento com as perícias criminais, assim termos um resultado final bem próximo daquela realidade, daquele dia”, afirmou.
Evelyn Mendes também foi alvejada por um dos disparos que acertou dois dedos da mão, do lado direito e passou por procedimento cirúrgico. Além do depoimento da namorada da vítima e dos funcionários, a polícia também analisa as câmeras de monitoramento do estabelecimento que estão auxiliando nas investigações. ”É um caso que já começou com a autoria determinada, a motivação também ficou bem definida. Houve um pequeno desentendimento entre autor e vítima fatal e culminou com esse crime horrendo”. acrescentou
Segundo o Superintendente da SHPP, a polícia ainda não teve acesso ao celular do empresário que estava em posse da namorada e posteriormente foi entregue a família da vítima. ”Buscamos encontrar o celular da vítima que está em poder da família e aguardamos encontrá-lo. É importante trazermos para o inquérito policial”, revelou.
O autor do homicídio, Daniel Leite frequentava um clube de tiro, mas não tinha o porte de arma de fogo, no entanto tinha a posse de arma de fogo que permitia Ele ter acesso ao armamento utilizado no crime. O delegado confirmou que o registro da arma foi apreendido, os demais dados foram encaminhados ao exército para os procedimentos necessários, a arma também foi apreendida e encaminhada para a perícia.” O registro e a arma de fogo foram apreendidos e encaminhados à perícia. Anlisaremos o caso de acordo com a legislação atual”, se referiu ao falar do porte de arma de fogo.
O médico veterinário se apresentou à polícia na tarde sexta-feira (11), na presença de um advogado, entregou a arma utilizada no crime. Ele prestou depoimento à polícia. ”É Questão de foro íntimo. É muito próprio do interrogado. Alguns detalhes principalmente quanto ao dolo, a questão de matar é muito própria dele [Daniel Leite]. Ele descreveu de uma forma um pouco diferente do que a gente viu. Mas é muito natural, Ele tem o direito de defesa plena tanto quanto o inquérito, quanto a sociedade. Então foi o que Ele apresentou, ao final do inquérito reunida a versão que foi apresentada e o das testemunhas e a vítima sobrevivente, os lados periciais, será aí que a polícia judiciária vai fazer uma análise completa” finalizou o delegado Lúcio Reis.
Após depor, Daniel Leite recebeu voz de prisão em virtude de um mandado de prisão temporária (de 30 dias) em aberto. O preso passou por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), em seguida foi encaminhado ao sistema prisional de Pedrinhas, em São Luís, onde vai permanecer à disposição da Justiça. Ele está custodiado na cela 2, bloco 10 do Centro de Triagem.
Do JIB