• Thiago Azevedo
  • 24 de março de 2020

Loucura: Bolsonaro ignora ameaça do vírus e volta a dizer que é uma ‘gripezinha’

Em pronunciamento oficial iniciado às 20h30, nesta terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar a ameaça do coronavírus. Novamente agrediu a imprensa, responsável, segundo ele, por espalhar no país uma “verdadeira histeria”. “O vírus chegou, está sendo enfrentado por nós, e brevemente passará”, acrescentou.

“No meu caso particular, com meu histórico de atleta, caso fosse contaminado, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria quando muito acometido de uma gripezinha, ou resfriadinho, como bem disse aquele conhecido médico daquela conhecida televisão”, disse.

Ele também voltou a atacar governadores e prefeitos. “Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércio e confinamento em massa”, disse, no sentido contrário ao determinado pelos países e mesmo por governos estaduais, independentemente de sua linha política.

“Nossa vida tem que continuar, os empregos devem ser mantidos”, continuou. “Devemos, sim, voltar à normalidade”, preconizou, contra as recomendações das autoridades sanitárias e políticas mais importantes do mundo, entre as quais o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres.

Em carta enviada aos líderes do G-20 hoje, recebida por Bolsonaro, Guterres afirmou que o mundo corre o risco de uma “pandemia de proporções apocalípticas”, segundo a coluna do jornalista Jamil Chade.

Ele também disse que o que ocorre no mundo com a pandemia mostra que o grupo de risco se restringe às pessoas acima de 60 anos. “Então, por que fechar escolas? Raros são os casos fatais, de pessoas sãs, com menos de 40 anos de idade”, disse o presidente da República.

“Loucura”

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