• Thiago Azevedo
  • 14 de janeiro de 2022

Mais de 1.178 famílias estão desabrigadas ou desalojadas no Maranhão; 12 cidades estão em situação de emergência

Subiu para 12, o número de cidades do Maranhão que já decretaram situação de emergência por causa das enchentes dos rios, segundo a última atualização do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA). Ainda de acordo com o CBMMA, o número de famílias que se encontram desabrigadas ou desalojadas subiu para 1.178.

As cidades em situação de emergência são:

Mirador

Grajaú

Barra do Corda

Jatobá

Paraibano

Formosa da Serra Negra

Imperatriz

Vila Nova dos Martírios

Fortuna

São Luís Gonzaga

Parnarama

Buriti Bravo

Além dessas 12 cidades, há outros cinco municípios que também já registraram danos por causa das fortes chuvas que atingem o Maranhão e pelo aumento dos níveis dos rios. Ao todo, 27 municípios maranhenses estão sendo monitorados pela Defesa Civil Estadual.

Além de ajudar na retirada das famílias das áreas de risco, equipes do CBMMA trabalham no auxílio Humanitário às vítimas, com a entrega de alimentos, cestas básicas, água potável, colchões e o transporte de profissionais de saúde. A operação é realizada com auxílio das prefeituras, Centro Tático Aéreo, Força Estadual de Segurança e Secretarias do Governo do Estado.

Na cidade de Mirador, o nível do rio Itapecuru diminuiu em 5 centímetros, estando em 4,46 m. Segundo o Corpo de Bombeiros, desde o início da enchente, 20 estradas para povoados ficaram interditadas, quatro açudes transbordaram, 19 pontes desabaram ou ficaram danificadas, 34 casas desabaram e 15 tiveram danos parciais. Ainda segundo os bombeiros, a ponte Principal de acesso da cidade já está disponível.

Cerca de sete povoados continuam alagados ou com estrada/ponte cortada. São eles: Povoado Boi Manso, Povoado Escondido, Povoado Buritizinho, Povoado Taquari, Povoado Matias, Povoado Campo Grande e Povoado Guabiraba.

Mais de 1.178 famílias estão desabrigadas ou desalojadas no Maranhão; 12 cidades estão em situação de emergência.

Em Imperatriz, subiu para cerca de 379 o número de famílias desabrigadas ou desalojadas, com 1.300 pessoas impactadas por conta da cheia. Segundo a Defesa Civil, são cerca de novas 100 famílias retiradas de casa, pois, nas últimas 24 horas, o nível do Rio Tocantins subiu 40 centímetros, devido a vazão da água da Hidrelétrica de Estreito.

As pessoas que não tem para onde ir, estão sendo acolhidas em seis abrigos, que estão localizados na:

Escola Tiradentes

Igreja São Sebastião

Quadra da Caema

Parque de Exposições

Escola Governador Archer

Igreja Nova Vida

Já as famílias desalojadas estão em casas alugadas ou de familiares.

Nesta sexta (14), o nível do Rio Tocantins subiu mais dois centímetros, chegado a marca de 10,60 m acima do normal. No entanto, o Corpo de Bombeiros afirma que a situação é de estabilidade.

Há mais de duas semanas a cidade enfrenta os impactos da cheia do rio Tocantins, por causa das fortes chuvas. E a previsão é de chuvas intensas na região.

Plano de prevenção contra chuvas

Segundo os relatórios meteorológicos deste ano, O Maranhão ainda vai enfrentar um volume de chuvas maior nas próximas semanas, pois, o maior índice de chuvas deve acontecer entre o fim de janeiro e início de fevereiro. Os dados são do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) e do Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (NuGeo/Uema). As estimativas dos relatórios apontam para um crescimento do volume de chuvas entre 20% e 80% acima das médias históricas.

Com base nesses dados, nessa quarta-feira (12), o vice-governador Carlos Brandão se reuniu com secretários e técnicos do Governo do Estado para traçar um plano de prevenção contra chuvas no Maranhão, para evitar possíveis danos causados pelas águas, tanto em áreas rurais quanto urbanas.

Segundo o governo do Estado, em todos os municípios com alagamentos, as cheias dos rios estão sendo monitoradas, principalmente onde são identificados riscos de enchentes.

“Para compreendermos os agravantes dos alagamentos nas cidades após as fortes chuvas, precisamos estudar cada caso e as suas motivações. Isso nos permitirá medidas preventivas, inclusive reduzindo os impactos das cheias dos rios, algo que carece de um planejamento integrado das ações, incluindo a participação de empresas privadas que se coloquem à disposição para colaborar com essas iniciativas, a partir destes estudos”, destacou o vice-governador Carlos Brandão.

De acordo com o secretário-adjunto da Infraestrutura, Rafael Verner, a Sinfra está pronta para sanar problemas que possam aparecer. “Nós temos hoje 32 frentes de serviço no estado para trabalhos emergenciais, em pontos com risco de corte total ou parcial de estradas”, afirmou.

Além disso, o Governo deverá formar um grupo de trabalho para tratar especificamente do planejamento de ações de prevenção e combate aos danos causados pelas chuvas.