Um levantamento da Saúde Digital Brasil, associação que representa empresas de telemedicina, mostra que, do começo de dezembro até o Natal, eram registrados sete mil atendimentos por dia, em média, para casos de síndrome gripal e Covid-19.
Entre o Natal e o Réveillon, esse número mais do que dobrou e foi para 15 mil atendimentos. Em 2022, o número saltou para 40 mil por dia.
Segundo Carlos Pedrotti, vice-presidente da Saúde Digital Brasil, a demanda por serviço de telemedicina hoje é superior ao pico da pandemia, em março de 2021. “A gente atribui isso, principalmente, ao aumento do contágio e aos casos relacionados tanto a influenza quanto a variante ômicron”.
Logo após os primeiros casos da Covid-19 no Brasil, o Ministério da Saúde autorizou o uso temporário da telemedicina no país. Esse novo modelo serve para atendimento clínico, consultas, diagnósticos e acompanhamento de pacientes.
Na cidade de São Paulo, a prefeitura também registrou alta na procura pelo atendimento a distância para Covid. Em novembro do ano passado, foram 1.333 atendimentos. Em dezembro, saltou para 2.585 – mais de 90% de aumento.
A secretaria de saúde da cidade diz que esses atendimentos ajudam a desafogar os serviços públicos. “Tem um grupo de profissionais, enfermeiros e médicos que a pessoa pode tirar suas dúvidas e evitar ir a uma unidade de saúde, que hoje está superlotada. Se o médico que tiver atendendo achar que a pessoa precisa procurar uma UBS, ele já orienta”, diz Luiz Zamarco, secretário-adjunto da secretaria municipal de Saúde de São Paulo.
Em meio à proliferação da variante ômicron do novo coronavírus, que é altamente contagiosa, o mundo registrou nesta quinta-feira (6) mais de 2,5 milhões de casos de Covid-19 pelo quarto dia seguido.
Segunda-feira (3): 2,52 milhões de novos infectados
Terça-feira (4): 2,54 milhões
Quarta-feira (5): 2,51 milhões
Quinta-feira (6): 2,52 milhões
Antes da atual onda, o recorde de novos infectados era de 905 mil casos em 24 horas, registrados em 25 de abril de 2021, em meio ao caos sanitário causado na Índia pela variante delta.
Já são mais de 10 milhões de novos infectados desde segunda-feira e mais de 13 milhões nos últimos 7 dias.
Em meio à explosão de infectados pela ômicron, o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou na quinta sobre o risco do “tsunami de casos”.
Tedros afirmou que essa onda atual é tão grande e rápida que está superlotando hospitais e afastando profissionais da saúde: “A ômicron pode parecer menos severa, mas não pode ser considerada leve”.
O surto atual é puxado principalmente pelos Estados Unidos, que registrou 4,22 milhões de casos de Covid-19 em apenas 1 semana.
Os 10 países com mais casos confirmados nos últimos 7 dias são:
Estados Unidos: 4,22 milhões
França: 1,44 milhão
Reino Unido: 1,27 milhão
Itália: 994 mil
Espanha: 789 mil
Argentina: 418 mil
Índia: 387 mil
Austrália: 367 mil
Turquia: 345 mil
Canadá: 283 mil
Mortes em queda
Apesar da explosão no número de infectados, o número de mortes no mundo segue em trajetória de queda.
Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, a média móvel de óbitos está abaixo de 6 mil por dia pela 1ª vez desde outubro de 2020.
A média está abaixo inclusive da primeira onda da pandemia, em abril de 2020 (quando chegou a um pico de 7,1 mil).
O recorde de mortes em 1 dia no mundo segue sendo de 20 de janeiro de 2021 (18 mil), dia que marca também o recorde nos EUA (4,4 mil).
Os 10 países com mais mortes por Covid-19 nos últimos 7 dias são:
Estados Unidos: 8.795
Rússia: 5.697
Polônia: 2.896
Índia: 2.098
Alemanha: 1.707
Vietnã: 1.476
França: 1.462
Ucrânia: 1.378
Itália: 1.227
Reino Unido: 1.096
-G1