A OMS modificou seu protocolo de recomendação para vacinação contra a Covid-19 e agora considera que adultos saudáveis não precisam de uma terceira dose além da vacinação primária e de um primeiro reforço.
Segundo a entidade, os benefícios “são mínimos” nos casos de pessoas com menos de 60 anos, de risco médio, assim como de crianças e adolescentes de seis meses a 17 anos com comorbidades.
Os especialistas em vacinas da OMS afirmam que não há risco na aplicação de doses de reforço nestes grupos, mas que os “benefícios para a saúde são reduzidos”.
As novas recomendações são do Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (SAGE) da OMS, e foram atualizadas após uma reunião em Genebra, nesta semana.
De acordo com o grupo, o impacto da variante ômicron – com alto grau de infecção, mas com casos leves – e do elevado nível vacinação registrado entre a população mundial refletiram na nova recomenção.
Em meio à proliferação da variante ômicron do novo coronavírus, que é altamente contagiosa, o mundo registrou nesta quinta-feira (6) mais de 2,5 milhões de casos de Covid-19 pelo quarto dia seguido.
Segunda-feira (3): 2,52 milhões de novos infectados
Terça-feira (4): 2,54 milhões
Quarta-feira (5): 2,51 milhões
Quinta-feira (6): 2,52 milhões
Antes da atual onda, o recorde de novos infectados era de 905 mil casos em 24 horas, registrados em 25 de abril de 2021, em meio ao caos sanitário causado na Índia pela variante delta.
Já são mais de 10 milhões de novos infectados desde segunda-feira e mais de 13 milhões nos últimos 7 dias.
Em meio à explosão de infectados pela ômicron, o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou na quinta sobre o risco do “tsunami de casos”.
Tedros afirmou que essa onda atual é tão grande e rápida que está superlotando hospitais e afastando profissionais da saúde: “A ômicron pode parecer menos severa, mas não pode ser considerada leve”.
O surto atual é puxado principalmente pelos Estados Unidos, que registrou 4,22 milhões de casos de Covid-19 em apenas 1 semana.
Os 10 países com mais casos confirmados nos últimos 7 dias são:
Estados Unidos: 4,22 milhões
França: 1,44 milhão
Reino Unido: 1,27 milhão
Itália: 994 mil
Espanha: 789 mil
Argentina: 418 mil
Índia: 387 mil
Austrália: 367 mil
Turquia: 345 mil
Canadá: 283 mil
Mortes em queda
Apesar da explosão no número de infectados, o número de mortes no mundo segue em trajetória de queda.
Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, a média móvel de óbitos está abaixo de 6 mil por dia pela 1ª vez desde outubro de 2020.
A média está abaixo inclusive da primeira onda da pandemia, em abril de 2020 (quando chegou a um pico de 7,1 mil).
O recorde de mortes em 1 dia no mundo segue sendo de 20 de janeiro de 2021 (18 mil), dia que marca também o recorde nos EUA (4,4 mil).
Os 10 países com mais mortes por Covid-19 nos últimos 7 dias são:
Estados Unidos: 8.795
Rússia: 5.697
Polônia: 2.896
Índia: 2.098
Alemanha: 1.707
Vietnã: 1.476
França: 1.462
Ucrânia: 1.378
Itália: 1.227
Reino Unido: 1.096
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