Timon: Orleans desponta com força apoiado pela gestão de Brandão no governo estadual

Os números da pesquisa Econométrica revelam mais do que simples intenções de voto: expõem um desenho preliminar do tabuleiro de 2026 no Maranhão, com forças e fragilidades já visíveis entre os principais nomes da base governista.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Econométrica entre os dias 5 e 6 de maio no município de Timon. O levantamento ouviu 317 eleitores em 20 bairros da sede, com margem de erro de 5,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
No cenário para o Governo do Estado, Orleans Brandão aparece à frente tanto na espontânea (7,8%) quanto na estimulada (29%). A leitura imediata é clara: o sobrinho do governador Carlos Brandão vem sendo gradualmente inserido no debate público e começa a ocupar espaço no imaginário eleitoral como potencial sucessor. A presença tímida de Felipe Camarão, com apenas 2,6% na espontânea e 15,5% na estimulada, acende um alerta no PT — e no próprio Palácio dos Leões. Mesmo com visibilidade institucional e forte presença no governo, Camarão não tem decolado como deveria e permanece preso à condição de vice.
Lahesio Bonfim, nome da oposição, surge em segundo lugar no cenário estimulado com 16,4%, o que sinaliza que o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes ainda mantém recall eleitoral. Mas não há, até aqui, um nome opositor consolidado.
No Senado, Carlos Brandão aparece como franco favorito, com 19,9% na espontânea e expressivos 54,6% na estimulada. A vantagem larga sobre Weverton Rocha (38,8%) e Eliziane Gama (15,5%) sugere que o governador, se decidir trocar o Executivo por uma vaga na Câmara Alta, encontrará terreno fértil — sustentado por uma base ampla e pela ausência de desgaste significativo.
A pesquisa aponta ainda um dado simbólico: 6,3% dos eleitores dizem votar em quem for apoiado por Carlos Brandão, sem citar nomes. Isso reforça o papel do governador como principal fiador político da próxima sucessão — seja no governo, seja no Senado.
Por ora, Orleans lidera, Brandão reina e Camarão observa — um resumo provisório, mas significativo, do que se esboça para 2026.