Yglésio denuncia Sindicato dos Rodoviários em caso de privação de direitos de trabalhadores na Grande São Luís

O deputado Yglésio Moyses (PROS) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (31), para denunciar e solicitar investigação sobre indícios de prejuízo a direitos de trabalhadores do transporte coletivo da Grande São Luís.

O caso destacado pelo deputado é sobre a relação entre a formação de chapas dentro do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários e uma série de critérios previstos no regulamento da instituição que rege eleições dentro da entidade.

Segundo o deputado Yglésio, para um trabalhador formar uma chapa, precisa cumprir os seguintes critérios presentes no artigo 77 do estatuto do sindicato: o associado precisa ter, no mínimo, dois anos de vínculo empregatício, com a CTPS assinada pelo empregador atual; e o associado deverá participar de quatro assembleias gerais antes da publicação do edital.

O parlamentar classificou as cláusulas como ‘barreiras’ para o devido processo democrático dentro do sindicato e que as empresas, após a assinatura das assembleias gerais pelos associados, demitem alguns trabalhadores “porque tem conluio do SET com o Sindicato dos Transportes Rodoviários pra impedir chapas do sindicato que ameassem o domínio desse pessoal”, afirmou o parlamentar.

Com esse impedimento, o deputado explicou que esse ‘combinado’ entre os dois sindicatos influenciam a criação de um cenário para pressionar o aumento na tarifa dos ônibus, prejudicando o usuário que já enfrenta dificuldades no pagamento da tarifa atual, que é de R$ 3,70, em média.

Ação junto ao Ministério Público do Trabalho

Frente a essa situação, Yglésio destacou que solicitará ao Ministério Público do Trabalho investigação sobre o caso para que os critérios previstos no estatuto do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário sejam revistos.

“Hoje, a gente vai encaminhar para o Ministério Público do Trabalho pra que isso aqui caia porque os estatutos, eles podem ser regulados, mas não podem afrontar a Constituição. E aqui, tem uma clara privação de direitos de trabalhadores, aqui, tem um claro conluio dos atuais mandatários de sindicato e o SET”, concluiu