A candidata à prefeita de Axixá, Roberta Barreto (MDB) compareceu nesta terça-feira (27), à Superintendência Estadual de Combate à Corrupção (SECCOR) para prestar esclarecimentos à Polícia Civil e ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) sobre desvio de recursos em sua gestão à frente de Axixá.

Segundo apurou, a ação é parte das investigações do Ministério Público do Estado do Maranhão (MP-MA) em conjunto com o Polícia Civil e apura crimes de improbidade administrativa e desvios de recursos públicos da gestão municipal comandada à época por Roberta Barreto.

Sobre Roberta, pesam várias acusações, algumas delas motivos de Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa, pelo Ministério Público Estadual sobre irregularidades praticadas contra o erário público, nos anos de quando foi gestora de Axixá, como o desvio de emendas parlamentares, de recursos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), do Complexo de Turismo em Centro Grande, pela compra de equipamentos hospitalares não encontrados no hospital, de escola municipal no Povoado Cedro e ilegalidade em recadastramento de servidores municipais; este último, inclusive, motivo de pedido de afastamento pelo Ministério Público do Estado à justiça do cargo de prefeita de Axixá por 120 dias.

APAE – Um dos casos mais grave é o da APAE, em que o GAECO apurou o desvio de cerca de 300 mil reais de emenda estadual – para bancar a campanha eleitoral da ex-prefeita Roberta Barreto. A investigação começou a partir de denúncias de pais de crianças indignados por que não conseguiam ter atendimento na APAE de Axixá. O relatório final aponta que as ex-gestoras do município de Axixá, Júlia e Roberta Barreto, mãe e filha, teriam praticado o crime.

No decorrer dos trabalhos, ficou constatado que as verbas destinadas para atendimento da comunidade, teriam servido para “bancar” a campanha de Roberta, em 2016, quando perdeu a reeleição por apenas sete votos para a atual prefeita Sonia Campos.