Acidente envolvendo veículos da prefeitura de Estreito-MA, expõe negligência e potenciais crimes eleitorais.
No último domingo, por volta das 11:30, um acidente envolvendo dois veículos oficiais da Prefeitura Municipal de Estreito-MA chamou a atenção da população local. A comitiva do prefeito Léo Cunha, que se dirigia para uma cavalgada no assentamento Altamira, foi surpreendida por uma colisão que revelou tanto negligência quanto possíveis crimes eleitorais.
A caminhonete do Gabinete do Prefeito, conduzida pelo motorista Junior e acompanhado por sua esposa e outras pessoas, colidiu na traseira de outra caminhonete pertencente à Secretaria de Administração do município. O veículo que sofreu a batida na traseira, era conduzida por Fernando e transportava o segurança do prefeito, Lucas Alencar, além de Décio Rocha e um assessor conhecido como “Bombom”(Só não se sabe se era de alho ou jurubeba).
Segundo relatos, os veículos estavam em uma estrada de terra, que nesta época do ano é coberta por uma espessa camada de poeira, o que contribui para a baixa visibilidade e aumenta o risco de acidentes. A frente da caminhonete do Gabinete do Prefeito ficou totalmente danificada, indicando a gravidade do impacto. Tanto que o veículo teve que ser rebocado por uma prancha e levado para a sede do município.
O uso de veículos da prefeitura para transportar membros do primeiro escalão do governo municipal e pré-candidatos a vereadores levanta sérias questões sobre a gestão do patrimônio público. A utilização de ônibus da Secretaria de Educação, adquiridos com recursos do FUNDEB, para fins não educacionais é um desvio de finalidade dos bens públicos, configurando mau uso dos recursos públicos e, possivelmente, crime eleitoral.
Após o incidente, houve tentativas de encobrir os danos. A prefeitura tentou esconder o veículo danificado, cobrindo a parte batida, numa clara demonstração de falta de transparência e desrespeito ao patrimônio público. Essa ação não apenas revela a intenção de minimizar a visibilidade do ocorrido, mas também despreza a responsabilidade pública de prestar contas sobre os bens do município.
O descaso com os veículos oficiais, adquiridos com recursos públicos, prejudica o erário e reflete uma administração que parece estar mais focada em interesses particulares e políticos do que no bem-estar coletivo.
As implicações legais são igualmente graves. O uso de veículos oficiais para fins eleitorais pode configurar crime eleitoral, sujeito a investigações pela Justiça Eleitoral. Além disso, a negligência no uso dos veículos públicos pode resultar em responsabilizações por improbidade administrativa.
O acidente envolvendo os veículos da Prefeitura de Estreito-MA não deve ser visto apenas como um incidente isolado, mas como um reflexo das práticas administrativas que requerem maior vigilância e transparência. A população espera respostas e ações corretivas imediatas para assegurar que os recursos públicos sejam utilizados de maneira responsável e ética.