Como o PSDB pode não ser um bom negócio para Carlos Brandão

Mudanças partidárias devem acontecer nos próximos meses até que o pleito das eleições gerais esteja totalmente organizado. Uma mudança possível, só que inesperada, foi a volta repentina do vice-governador Carlos Brandão ao ninho tucano.

Depois de dias de comemoração do seu grupo quanto a esse retorno, a primeira ressaca veio neste final de semana ao o ex-presidente do partido e senador Roberto Rocha afirmar, em entrevista à TV Band de Caxias, que a volta de Brandão teve o seu consentimento.

Ao falar das desavenças com a executiva nacional do partido, Rocha ressuscitou o “Partido Maranhão” ao defender que os interesses do estado estão acima dos interesses partidários. Roberto Rocha cita que o projeto Dória dentro do partido atrapalha sua permanência no PSDB.

É aqui que a maré de Brandão pode também mudar.

No fim de 2017, foi justamente por não estar alinhado com os interesses do tucanato nacional que Brandão foi convidado a sair do partido. Essa instabilidade, apesar de um ensaio de aproximação com a esquerda nacional, pode prejudicar o futuro político do governador Flávio Dino.

Com o Brasil cada vez mais polarizado, é difícil que Flávio Dino tenha a façanha de reunir no Maranhão mais de um projeto presidencial. Em 2014, conseguiu dar palanque para três presidenciáveis de uma só vez. E um deles era o PSDB.

O sonho de projeção nacional de Flávio Dino, com uma candidatura para presidente ou vice, poderá ou não ser ajudado pela influência de Carlos Brandão no PSDB?

Não é segredo para ninguém que Carlos Brandão saiu do Republicanos por medo de ser vinculado à reeleição de Jair Messias Bolsonaro… E no PSDB, não existe o perigo de se vincular a outro projeto que não seja o de Flávio Dino e o da esquerda?

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