Eleição da OAB será fim do ciclo Thiago Diaz

Marcada para o segundo semestre deste ano, a eleição da Ordem dos Advogados do Brasil marca o fim do ciclo de Thiago Diaz à frente da Seccional Maranhão. Depois da eleição da Famem, a eleição da OAB vai também atrair os olhares dos bastidores jurídicos e, por que não, políticos.

O desgaste natural de duas gestões anuncia que Diaz terá dificuldade de encabeçar sua própria sucessão. Em sua primeira reeleição já houve um desgaste de que o presidente da OAB-MA havia prometido não partir para uma reeleição, o que veio ocorrer em 2018. Diaz nega tal promessa e desafia que alguém mostre uma gravação ou documento em que ele faz tal comprometimento.

Um nome forte pode partir do próprio ninho que o presidente da OAB construiu nos últimos anos. É o caso da ex-presidente da OAB Mulher do Maranhão, a advogada Vivian Bauer. Em torno do nome de Bauer há um sentimento de maior participação da mulher na Ordem de Advogados.

Vivian foi exonerada do cargo depois de levantar o movimento “Iguala OAB” em que reivindicava a paridade feminina nas eleições do órgão. O colégio de presidentes das seccionais da OAB aprovou em dezembro a iniciativa. A OAB-MA, sob gestão de Thiago, foi contrária à medida. Logo após o evento, em frente à OAB, e com aceitação das mulheres e da sociedade, Vivian Bauer foi descartada por Thiago Diaz. A desculpa foi uma “reforma administrativa”.

Se souber costurar um movimento, assim como o Iguala OAB, e reunir correntes políticas do grupo Diaz e oposicionistas, a advogada Vivian pode representar este sentimento de paridade feminina. A advogada, frisa-se, ainda não declarou a vontade de disputar as eleições. De outro lado, Diaz deve terminar sua gestão enfraquecido.

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