Nas últimas semanas, tem circulado em grupos de conversa do WhatsApp um áudio supostamente atribuído a um médico do hospital São Domingos. Na mensagem de voz, o homem reclama e cobra do poder estadual efetividade no uso dos testes rápidos para diagnóstico da COVID-19, pedindo celeridade ao processo para permitir que o tratamento das pessoas que testem positivo seja iniciado o mais cedo possível.
Tanto o Governo do Estado quanto a assessoria de comunicação do hospital, que faz parte da rede privada, desmentiram a informação. Por meio de nota, o Hospital São Domingos apontou que o áudio não partiu de nenhum profissional da instituição e, portanto, trata-se de mais uma fake news envolvendo o nome do hospital.
Essa não foi a primeira fake news envolvendo o nome da unidade hospitalar. Recentemente, a assessoria de imprensa esclareceu que não procedia notícia sobre o hospital ser local foco de óbitos pelo novo coronavírus.
De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), os testes rápidos estão entre os mais comuns para a detecção da doença e são realizados apenas após o sétimo dia do início dos sintomas de síndrome respiratória, como tosse, dificuldade para respirar, congestão nasal e dor de garganta.
O procedimento não chega a detectar o vírus no organismo, mas os anticorpos, ou seja, as substâncias de defesa produzidas pelo sistema imunológico para combater o SARS-CoV-2, que causa a COVID-19.
Segundo informações do Ministério da Saúde, cerca de 14 mil testes foram distribuídos ao Maranhão, para auxílio no diagnóstico da doença. Em São Luís, o Centro de Testagem funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h, no VIVA Beira Mar. Para mais informações, a população pode entrar em contato pelo número (98) 3133-6406.
O ex-deputado Victor Mendes respondeu a uma provocação feita pelo prefeito Luciano Genésio (PP). Em carta aberta, Victor fala sobre um dos seus principais feitos na saúde para a baixada maranhense, a aquisição do hospital macrorregional de Pinheiro quando deputado estadual.
Veja a carta na íntegra:
Carta Aberta ao Prefeito de Pinheiro
Prefeito Genésio Filho, venho por meio deste responder à sua pergunta. Embora a hora não seja a mais propícia, mas é preciso dizer-lhe algumas verdades, que os seus mais próximos não disseram ainda, talvez porque lhes faltem coragem e decência para tanto.
Eu, Victor Mendes, ex-deputado, político de oposição a você, ao governador e ao presidente da República, estou aqui. Atendendo aos amigos, ajudando aqueles que me procuram, dentro das minhas limitações, pois, ao contrário de você, depois de 12 anos de mandato, não fiz fortuna na vida pública.
Você, Prefeito, se tornou um milionário em apenas quatro anos no comando da prefeitura de Pinheiro, mesmo sem ter uma profissão definida. Feito dos mais importantes, reconheçamos!
Sou um pequeno empresário, lutando com todos tantos outros para arcar com os encargos e não demitir meus funcionários.
Estou aqui, prefeito, cuidando das minha filhas pequenas, dos meus pais idosos e dos amigos que a mim recorrem, dentro do que posso.
Estou aqui, prefeito, orando, rezando, para que todos no Brasil, no Maranhão e na minha querida cidade de Pinheiro, passem por essa provação e consigam sobreviver a este horrível pesadelo, mercê de gente como você que prefere fazer da tragédia espetáculo, usando da boa fé daqueles que em você confiaram; de gente para quem responsabilidade com o bem público e com as pessoas virou sinônimo de esperteza; de gente que, ao invés de mostrar a que veio, atira e acusa para esconder seus próprios erros e omissões. Felizmente nosso povo está acordando. E meu desejo é que se mantenha vivo, apesar de seu pouco esforço para isso, e que possa lhe dar a merecida recompensa. Oxalá, todos estejam vivos…
Prefeito Genésio Filho, estou aqui com a consciência tranquila, sabendo que quando eu tive as armas, as condições, as oportunidades, eu ajudei muito aqueles que precisaram não só em Pinheiro, mas em todo o Estado do Maranhão. O Macrorregional, por exemplo, que está hoje aí em Pinheiro ajudando muita gente a lutar pela vida nesta pandemia, é conquista minha, fruto de luta e esforço enquanto deputado estadual, só para citar e lembrar a você e a quem porventura tenha esquecido.
E você Prefeito, onde está? Como está? Está com a consciência tranquila? Consegue dormir sem ser com a ajuda da bebida ou de outras tantas substâncias químicas?
Certamente deve estar bem melhor do que estão os pinheirenses. Talvez especialmente animado de ver tanto recurso entrar nos cofres da Saúde de Pinheiro, seja através de transferências ordinárias ou fruto de Emenda Parlamentar. Com estes e os adicionais, era para Pinheiro estar melhor preparada para o enfrentamento da Covid – 19. Infelizmente, falta um gestor à altura do desafio, responsável e cuidadoso. Um gestor que lute pela vida dos seus com a mesma dedicação com que se entrega às festas e celebrações.
Eu sei prefeito – e todos sabemos – que não deve doer muito em sua ínfima consciência a omissão e a falta de responsabilidade neste momento tão duro da vida dos pinheirenses. Para doer, você precisava ter consciência e responsabilidade.
Se diferente fosse, teria tido espaço para planejar e antecipar-se aos problemas. Mas, fazer o que?, se seu tempo útil você foi mais útil fazendo lives na internet, como se fosse um artista, em vez de encontrar tempo para ser gestor, talento que lhe falta, reconheçamos.
Bem, Prefeito Genésio Filho, estou aqui com a sensação de que, em seu lugar, estaria lutando para ser mais útil à população que me escolheu como gestor, que em mim confiou e de mim espera uma liderança mais comprometida e responsável.
Finalizo com a pergunta que não cala no coração do povo sofrido de Pinheiro: – E você prefeito onde está? Faça-se presente, dê as respostas que Pinheiro espera, assuma seu lugar, que neste momento é isso que Pinheiro espera de você. E, por último mas não menos útil, deixe o palanque para o momento certo, que a hora é de mais ação e menos discurso.
Victor Mendes, pinheirense e cidadão!
O aumento do adicional de insalubridade de 40% para os profissionais de saúde é uma briga de classe que intensificou com a chegada da pandemia provocada pelo novo coronavírus. Da portaria à UTI, os profissionais estão expostos aos riscos de um vírus desconhecido.
Nesta sexta-feira (08), a Secretaria Estadual de Saúde confirmou que aumentará de 20% para 40% o adicional de insalubridade aos profissionais da rede estadual com salário de até R$ 2.500. O cálculo de insalubridade é em cima do valor do salário mínimo. A pauta justa, inclusive, foi levantada pelo deputado estadual Dr. Yglésio (PROS)
À época, o médico Yglésio explicou que “Tal medida se faz necessária porque a própria exposição repetida ao coronavírus aumenta o custo de vida desses profissionais em suas casas e com suas famílias.”, disse.
Em suas redes sociais o deputado comemorou a conquista. “Foi uma discussão que nos iniciamos junto ao governo do estado e a gente feliz com o atendimento dessa demanda pelo governador e o secretário de saúde.”, disse o parlamentar em vídeo.
O secretário estadual de saúde, Carlos Lula, confirmou que é importante essa conquista para os trabalhadores. “Mesmo com a extrema dificuldade que o executivo estadual tem enfrentado em razão da crise causada pelo coronavírus, esta foi uma forma de mostrar nosso compromisso com todos que têm se esforçado e dedicado bravamente para salvar vidas todos os dias”, disse Carlos Lula.
A medida, assim como proposta pelo deputado Dr. Yglésio, contempla profissionais da Portaria, Higiene e limpeza, Rouparia, Farmácia, Serviços gerais, Nutrição, Psicologia, Fonoaudiologia, Transporte (motoristas), Técnicos em Laboratório, Técnicos em Enfermagem e Auxiliares de enfermagem, Fisioterapia, Recepção, além dos trabalhadores da Copa e Cozinha.
A Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), por meio do Núcleo Jurídico, informou que o valor é para quem ainda não recebe 40% de insalubridade. “O pagamento contempla trabalhadores em efetivo exercício nos meses de maio, junho e julho, e deverá ser realizado nos meses de agosto, setembro e outubro deste ano. É um ganho signicativo às categorias, que poderão também se sentir encorajadas e valorizadas”, disse a chefe do setor, Lídia Schramm.
Funcionários de empresas terceirizadas também receberão o valor.
A nova medida foi anunciada pelo Governador Flávio Dino (PCdoB), durante coletiva realizada nesta sexta-feira (08). De acordo com o governador, quem descumprir a medida estará sujeito a multa e apreensão do veículo.
A medida com todas as regras deve ser publicada ainda hoje, em decreto estadual.
O governador antecipou que taxistas e motoristas de aplicativos poderão circular apresentando declaração que comprove a atividade.
O rodízio deve entrar em vigor na próxima semana, e veículos com placas com final impares poderão circular às segundas e quartas-feiras e os veículos com final pares circularão as terças e quintas-feiras.
Flávio Dino também antecipou que não renovará o lockdown e o comércio de serviços essenciais deve voltar a funcionar a partir do dia 18 de maio.
Todas as medidas devem ser formalizadas logo mais através de Decreto.
Maramais
No terceiro dia de lockdown em São Luís, muito se discute sobre o fato de não estarem sendo feitas punições às pessoas que não obedecem as medidas. Na fiscalização no primeiro dia e os policiais informaram que inicialmente atuariam de forma educativa e fazendo quem não tem justificativa para circulação, retornar. A medida causaria incômoda e inibiria a circulação de quem não sai por extrema relevância.
Hoje, o governador Flávio Dino foi questionado sobre punições. Ele pregou a ponderação, uma vez que é preciso também ter em mente a realidade social do país. “Não faremos encarceramento em massa de pessoas. Há equipes das prefeituras nos bairros, mas punições serão aplicadas com ponderação e bom senso. Um grau de movimentação é normal, em face dos serviços essenciais e das condições sociais no Brasil”.
Nas feiras de alguns bairros, pode-se notar ainda uma movimentação muito intensa de pessoas O que é muito mais difícil fiscalizar e, principalmente punir, até porque ali as pessoas compram alimentos e não estão cometendo irregularidade, a não ser que não usem máscaras. Mas, de modo geral, a fiscalização reduziu drasticamente a circulação de veículos e atuou bem no fechamento de estabelecimentos não essenciais.
Clodoaldo Corrêa
Uma das principais lideranças nacional da oposição, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou nesta última quarta-feira (6) em seu twitter que o presidente Jair Bolsonaro se omite as agressões a jornalistas e manda jornalista“calar a boca” está com sérios problemas pessoais, políticos e jurídicos.
Mas não demorou muito e Flávio Dino foi enquadrado pelo blogueiro Werbeth Saraiva que lembrou o governador da morte de outro blogueiro Ítalo Diniz, no interior do estado do Maranhão, vítima de pistoleiros e que nunca foi elucidado o caso.
Desde o início o fim das eleições de 2018, o governador do Maranhão tenta politizar uma disputada com o presidente Bolsonaro.
Em muitos casos e situações Flávio Dino esquece que ainda possui telhado de vidro e que situações como essa podem ganhar repercussão negativa de forma nacional.
O governo federal, por meio da AGU (Advocacia-Geral da União), pediu hoje ao ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), a reconsideração da ordem de entrega do vídeo de uma reunião citada pelo ex-ministro Sergio Moro (Justiça) em depoimento prestado à Polícia Federal no último sábado (2) em Curitiba.
O pedido assinado pelo advogado-geral José Levi diz que na reunião ocorrida no dia 22 de abril “foram tratados assuntos potencialmente sensíveis e reservados de Estado, inclusive de Relações Exteriores, entre outros”.
O ministro Celso de Mello é o relator do inquérito que apura possíveis crimes narrados pelo ex-ministro durante entrevista coletiva na qual anunciou a saída do governo no fim do mês passado. Celso havia determinado ontem que o vídeo da reunião fosse entregue em até 72 horas.
Mesmo após a determinação judicial e decretos de ‘lockdown’ (bloqueio total), várias regiões da Grande São Luís seguem com pouca modificação da rotina habitual. A exceção acontece no comércio não essencial, que se mantém fechado na maioria das regiões.
Na decisão judicial sobre o lockdown, o juiz Douglas Martins havia determinado que os municípios deveriam disciplinar regras de distanciamento social e garantir o uso obrigatório de máscaras.
Além disso, o decreto do governo estadual determina que as prefeituras devem reduzir a circulação de pessoas e garantir a higiene e distanciamento social em feiras e mercados.
Entretanto, as feiras na região do Maiobão, Estrada de Ribamar e Cidade Operária continuavam com alguns pontos de aglomeração, além da falta de organização ou fiscalização pelas respectivas prefeituras de Paço do Lumiar, São José de Ribamar e São Luís, ou mesmo pelo governo do estado.
Mesmo com o movimento reduzido, várias feiras continuavam funcionando como em dias antes do lockdown, inclusive com consumidores sem máscara.
Dentro dos bairros e na região de periferia da Cidade Operária, Matinha e Maiobão, também não havia fiscalização do trânsito ou mesmo do uso obrigatório de máscaras.
A Guarda Municipal de São José de Ribamar montou uma barreira próximo a Estrada de Ribamar, mas todos os motoristas que passavam eram liberados, mesmo sem apresentar a declaração obrigatória explicando o motivo do deslocamento.
Em alguns lugares, jovens jogavam futebol ou empinavam pipa, enquanto moradores conversavam na porta de casa ou de estabelecimentos, sempre sem o uso de máscaras.
Uma indicação de autoria do deputado Dr. Yglésio (PROS) e enviada ao Executivo Municipal e Estadual, além da Secretaria de Estado da Saúde, prevê que pessoas com deficiência tenham prioridade no atendimento em caso de suspeita e/ou confirmação da Covid-19.
Segundo o parlamentar, a indicação é uma forma de solicitar às autoridades competentes o cumprimento de políticas públicas direcionadas às pessoas com deficiência, no que se refere à questão do atendimento prioritário em diversas frentes: hospitais e demais unidades de saúde.
A indicação reforça o posicionamento do presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), Marco Antônio Castilho, que, no dia 14 de abril, levantou discussão sobre a inclusão imediata de pessoas com deficiência (PCDs) no grupo de risco.
Essas pessoas ainda não estão inclusas no grupo de risco, mas em alguns casos há condições das PCDs que as põe em situação de grupo de risco, como a presença de doenças como paralisia cerebral, Atrofia Muscular Espinhal (AME), Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), entre outras doenças raras.
O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos disponibilizou uma cartilha que instrui as pessoas com deficiência sobre como se proteger do vírus, mas não fala em inclusão delas no grupo.
O juiz da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca da Ilha de São Luís, Douglas de Melo Martins, que determinou o lockdown na ilha de São Luís (MA) para evitar a disseminação do novo coronavírus, causador da covid-19, afirmou que medidas restritivas, a população atendeu a uma “força moral” ao não sair de casa e cumprir o isolamento social.
Durante o lockdown, apenas serviços essenciais, como supermercados, farmácias e hospitais, estão liberados a funcionarem na capital e nas cidades de Paço do Lumiar (MA), Raposa (MA) e São José de Ribamar (MA), que fazem parte da região metropolitana. Quem descumprir a determinação de isolamento social poderá ser multado e até preso.
Poucas pessoas estão saindo às ruas e precisaram justificar o porquê de estarem transitando ao serem paradas nas barreiras instaladas na ilha. Segundo o governo estadual, foram instalados 50 pontos para abordagem de pessoas que estiverem transitando pelas quatro cidades.
O magistrado avaliou que o primeiro dia do bloqueio radical “não poderia ser melhor até porque não há confronto e as pessoas estão cumprindo voluntariamente”.