PGJ representa no CNJ contra desembargador que soltou assaltante dos R$ 100 milhões do BB de Bacabal

O Procurador Geral de Justiça do Maranhão, Eduardo Nicolau, entrou com uma
representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o desembargador
José de Ribamar Fróz Sobrinho, que no dia 21 de junho último colocou em
liberdade o assaltante Wagner César de Almeida, condenado a 58 anos de
prisão por envolvimento no roubo ao Banco do Brasil de Bacabal, em 25 de
novembro de 2018. Fróz Sobrinho terá 15 dias para dar explicações, segundo
apurou O INFORMANTE.

Após determinar a liberdade de Wagner César de Almeida, o desembargador
José de Ribamar Fróz Sobrinho voltou atrás e decidiu que ele deveria retornar à
prisão. No entanto, Wagner fugiu e agora é considerado foragido da Justiça.
Em 2020, Wagner foi condenado a 58 anos de prisão por envolvimento no roubo
ao Banco do Brasil de Bacabal em 25 de novembro de 2018, quando foi levada a
quantia de R$ 100 milhões do banco. O bando deixou um rastro de violência na
cidade.

habeas corpus da defesa e determinou a prisão domiciliar do condenado. Os
advogados se basearam em um laudo médico que dizia que Wagner estava
doente, apresentando cansaço e pouco comunicativo na prisão.
Porém, dias depois, Sobrinho voltou atrás. No dia 24 de junho, o
desembargador afirmou em decisão que um ofício da Secretaria de Estado de
Administração Penitenciária havia chegado até ele informando sobre “processos
criminais em trâmite em outros estados”, além de um laudo mais atualizado
indicando que Wagner tinha melhorado de saúde.

As novas informações, segundo o desembargador, fez com que ele revogasse a
própria decisão, determinando a volta de Wagner César ao Complexo
Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. No entanto, como ainda não foi
encontrado, atualmente Wagner é considerado foragido da Justiça.
De acordo com a polícia, Wagner César era integrante de um bando especialista
em roubo a bancos. Em novembro de 2018, junto com outros 29 criminosos,
foram utilizados explosivos, armas de grosso calibre e de uso restrito para
cometer assaltar o Banco do Brasil do município de Bacabal. Cerca de R$ 100
milhões foram levados.

Durante o assalto, o morador Cleones Borges Araújo foi morto com um tiro de
fuzil nas costas, após passar próximo a uma barreira montada pela quadrilha.
Depois disso, com disparos de arma de fogo, os assaltantes atacaram a
Delegacia Regional de Bacabal e os veículos foram incendiados.
Ainda de acordo com a polícia, o assalto foi comandado por José Francisco
Lumes, o ‘Zé de Lessa’. Segundo a Secretaria da Segurança, José era apontado
como chefe de uma das facções criminosas mais violentas do estado da Bahia.

Fonte: Blog O Informate

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