Ex-vereador investigado pela Seccor montou arquitetura de cargos na gestão Eudes Sampaio

O ex-vereador César Vieira (PTB), pré-candidato a vereador pelo partido do prefeito Eudes Sampaio (PTB), e que foi alvo de uma operação do DECCOR – Departamento de Combate a Corrupção, em que é investigado, juntamente com sua esposa, por suposta prática dos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e peculato, pode ser envolvido em nova investigação, agora, alcançando não a esposa, mas o filho e sua namorada.

De acordo com denúncias e com informações publicadas no Diário Oficial do Município, antes de deixar o cargo de administrador regional em 03 de abril, com ato publicado no diário do mesmo dia, exigência da legislação eleitoral para quem vai concorrer ao pleito em outubro, Cesar Vieira, que é pré-candidato a vereador do PTB, teria articulado para deixar seu filho, o estudante de direito Marcos Vinicius Vieira da Silva em seu lugar, recebendo o mesmo salário que o ex-vereador recebia e mantendo os mesmos benefícios, dentre eles, um veículo da prefeitura, sem identificação, em sua residência, já que seu filho mora na mesma residência.

Como o filho já era servidor comissionado do município, lotado no Instituto de Previdência Municipal, César Vieira teria articulado para que a namorada do filho, a nutricionista Hévila Carneiro Soares, que atende no mesmo Consultório que a esposa de César Vieira, fosse nomeada no Instituto de Previdência, no lugar do filho, garantindo o mesmo salário.

Atos retroativos

Marcos Vinicius teve seu ato de exoneração publicado no Diário Oficial do dia 16 de abril, com efeitos retroativos a partir do dia 06 de abril.

Na mesma edição do Diário, ao lado da exoneração do filho de César Vieira, aparece a nomeação de sua namorada, para o mesmo cargo, função e salário do seu namorado, com efeitos retroativos a partir do dia 01 de abril, o que demonstra um erro de datas, mostrando que teoricamente, durante cinco dias, o casal ocupou o mesmo cargo e função.

A nomeação de Marcos Vinicius para o cargo antes ocupado pelo pai, o ex-vereador César Vieira, só foi publicada no diário do dia 24, porém, com efeito retroativo do dia 06 de abril, garantindo o recebimento integral do salário.

A negociata de cargos revela um jogo imoral contra os interesses da população ribamarense que vem sofrendo com o desmando municipal.

Além do filho e sua namorada, César Vieira também mantém o emprego de sua esposa, que também foi alvo da operação de agentes da Seccor.

Agora, o Ministério Público deve investigar se houve ilegalidade em toda a arquitetura de cargos, articulados pelo ex-vereador e concedida pelo prefeito Eudes Sampaio, e se foram cometidos crimes, como os de abuso de poder político e econômico e de improbidade administrativa.

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