A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informou na noite de sexta-feira (14), a suspensão da testagem em massa da população contra a Covid-19 em São Luís. Segundo a pasta, em 15 dias, foram realizados 70 mil testes na capital maranhense.
De acordo com a Semus, a testagem deve retomada assim que o município receber um novo lote de testes contra a Covid-19 repassados pelo Ministério da Saúde.
Durante este período de suspensão, os testes serão oferecidos somente aos pacientes em unidades de saúde municipais com indicação médica de internação hospitalar ou que já estejam internados.
O atendimento à população que esteja com sintomas gripais continua com as equipes dos Centros de Atendimento às Síndromes Gripais e Unidades Mistas, além dos Prontos Socorros do Anil, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Rural e do Socorrinho do São Francisco.
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Segundo a Semus, do dia 1º de janeiro até esta sexta-feira (14), dos quase 54.810 testes realizados pelo Município, 13.970 deles deram positivo para a Covid-19.
Com isso, o percentual de novos casos positivos na capital maranhense subiu para 28%. A Semus afirma que, em média, estão sendo realizados 11 mil testes por dia na capital maranhense.
-G1
O secretário estadual de Saúde, Carlos Lula, anunciou neste domingo (12) que a partir dessa segunda (13) os profissionais de saúde e segurança pública que apresentarem sintomas gripais similares da Covid-19 terão atendimento exclusivo no Centro de Testagem da Beira-Mar, em São Luís.
Para ter acesso ao atendimento, as pessoas devem apresentar o RG e contracheque. O anúncio foi realizado no mesmo dia que foi confirmada a morte da auxiliar de enfermagem, Maria Madalena Barbosa Souza de 61 anos, por complicações causadas pelo coronavírus. Ela tinha comorbidades e estava afastadas das funções desde 20 de março.
Os atendimentos e a triagem para Covid-19 vão continuar sendo realizados para a população nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Vinhais, Agraçagy, Cidade Operária, Itaqui-Bacanga e Cidade Operária.
Devem procurar as UPAs, pessoas que estão com sintomas moderados ou graves de tosse, coriza, desconforto respiratório, falta de ar e febre alta. Quem apresenta sintomas leves como gripe comum, mal estar e coriza deve permanecer em casa por 14 dias.
Onde está a luz no fim do túnel da pandemia de coronavírus, que já infectou em torno de 500 mil pessoas ao redor do mundo? Em que momento quase 3 bilhões de pessoas vão poder sair de casa normalmente sem medo de ficar doente?
Para responder isso, precisamos de menos incerteza ao fazer, por exemplo, cada vez mais testes para determinar quem está infectado, medida que pode aplacar a preocupação de muita gente e garantir uma estratégia eficiente de combate ao vírus, como na Coreia do Sul.
Mas uma das respostas que podem marcar uma virada nessa pandemia, junto com remédios e vacinas que funcionem, passa não por quantas pessoas estão doentes hoje, mas por quantas já enfrentaram silenciosamente o vírus e sequer perceberam.
Uma busca em massa por anticorpos nas pessoas pode permitir descobrir se todos esses números de infectados e mortos que crescem a cada dia são apenas a ponta de um iceberg.
Se for o caso, será possível tirar duas conclusões. A primeira é que a taxa de letalidade, hoje estimada em cerca de 3,4% pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pode ser bem menor do que se sabe.
A segunda é que milhões de pessoas podem já ter contraído o vírus, desenvolvido algum grau de imunidade e, portanto, não precisariam ficar isoladas.
Essa informação pode influenciar decisões políticas e determinar se o principal “remédio” adotado pelas autoridades contra essa crise — no caso, quarentenas de quase 3 bilhões de pessoas — está na dose certa ou se ele vai ser pior que a doença e matar o paciente, como tem se questionado, a exemplo do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.