• Tribuna98
  • 14 de outubro de 2024

Mercado financeiro eleva projeção de expansão da economia

O mercado financeiro elevou suas expectativas para o crescimento da economia brasileira e a inflação em 2023, conforme divulgado na edição desta segunda-feira (14) do Boletim Focus, emitido pelo Banco Central. As novas projeções indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 3,01%, um leve aumento em relação à previsão anterior de 3%. Já a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi ajustada para 4,39%, um pequeno incremento em relação aos 4,38% estimados na semana passada.

A pesquisa Focus é baseada em consultas a economistas e é divulgada semanalmente. Para 2024, a projeção de crescimento do PIB permanece em 1,93%, enquanto para 2025 e 2026, a expectativa é de uma expansão de 2% para ambos os anos.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 2,9% em 2023, alcançando um total de R$ 10,9 trilhões, superando o crescimento de 3% registrado em 2022.

Em relação à inflação, a previsão do IPCA para 2025 foi levemente reduzida de 3,97% para 3,96%. Para 2026 e 2027, as expectativas são de 3,6% e 3,5%, respectivamente. A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2023 é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, resultando em limites de 1,5% a 4,5%.

Setembro registrou um aumento de 0,44% no IPCA, impulsionado pelo aumento dos gastos com energia elétrica, que teve um crescimento de 5,36%. Isso contrasta com o índice acumulado de inflação, que está em 3,31% para o ano e 4,42% nos últimos 12 meses.

A taxa Selic, que é a taxa básica de juros, permanece projetada em 11,75% para o final de 2024. O Comitê de Política Monetária (Copom) definiu a Selic em 10,75% ao ano, com a próxima reunião marcada para os dias 5 e 6 de novembro. O foco do Copom é controlar a inflação, e um aumento na taxa pode ocorrer para conter a demanda aquecida, refletindo no crédito e na atividade econômica.

Por fim, a previsão para o câmbio se mantém em R$ 5,40 para o fim deste ano, com a mesma projeção para 2025. Em 2026 e 2027, a expectativa é que a cotação do dólar atinja R$ 5,30.

  • Thiago Azevedo
  • 24 de junho de 2020

Sem festas juninas, Nordeste terá prejuízo de R$ 1 bilhão na economia

O cancelamento das festas de São João no mês de junho, que geram grande lucro para o Nordeste, deve causar um prejuízo de pelo menos R$ 1 bilhão na economia dos principais estados da região, entre eles o Maranhão.

De acordo com a Folha, a estimativa refere-se apenas às maiores festas juninas dos estados em questão, considerando também Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Se forem considerados todos os eventos, o impacto é muito maior.

Somente no Maranhão, o período junino movimenta cerca de milhões na economia, bem como gera empregos e rendas.

  • Thiago Azevedo
  • 26 de março de 2020

Guedes avisou Bolsonaro que economia aguenta isolamento só até 7 de abril

O ministro da Economia, Paulo Guedes, recomendou ao presidente Jair Bolsonaro que estimulasse o retorno gradativo da atividade econômica em até duas semanas, para mitigar os efeitos da pandemia do novo coronavírus para as contas do país e o avanço do desemprego. A avaliação de membros da pasta comandada pelo ministro é de que a economia do país não suportaria passar pela crise se a recomendação de isolamento e estabelecimentos fechados perdure até depois do dia 7 de abril.

A data é vista como chave por integrantes graduados da equipe econômica para que o país consiga se recuperar, de forma mais rápida, dos impactos econômicos acusados pela pandemia. Em condição de anonimato, um secretário do alto escalão da pasta resumiu a leitura da equipe: “Às vezes o excesso de remédio é que mata o paciente”. Contudo afirmou que Guedes respeita as orientações do Ministério da Saúde.

Desde o início da semana, o ministro isolou-se no Rio de Janeiro. Os testes para o novo coronavírus, segundo a assessoria de imprensa do Ministério, deu negativo. Aos 70 anos, porém, Guedes faz parte do grupo de risco de complicações se contrair a doença e tem despachado de casa. Ele tem participado de reuniões com o secretariado e com o presidente por videoconferência.

Talvez por isso, nesta segunda-feira 25, o presidente Jair Bolsonaro tenha recomendado o chamado isolamento vertical, defendendo a reabertura de escolas e comércio e, apenas, isolando idosos e pessoas com doenças prévias — ignorando todas as recomendações do seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da Organização Mundial da Saúde.